Uma densa novela com pendor kafkiano. Bartleby, um
monossilábico escrivão, leva à exasperação o narrador-personagem e o leitor com
o seu quase-mutismo. Ao lado de três outros personagens, Turkey, Nippers e
Ginger, fazem do escritório de escrituras uma excentricidade quase bestial, tal
as manias e peculiaridades que cada um deles manifesta.
Mas nada altera de forma mais contundente “a ordem
natural das coisas” que a chegada do estranho, triste e misterioso Bartleby,
com sua indefectível frase: “Acho melhor não”.
“Em resposta ao meu anúncio, certa manhã, um jovem
inerte apareceu à minha porta, que estava aberta pois era verão. Ainda vejo sua
figura: levemente arrumado, lamentavelmente respeitável, extremamente
desamparado! Era Bartleby” (p. 7).
(Trad. Irene Hirsch) (Cosac Naif)
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