sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Demian, de Hermann Hesse



Trata-se de um romance de aprendizagem. Mas não de uma aprendizagem que conduz de forma uniforme e retilínea em direção a um mundo iluminado, sereno e feliz. Não.
Essa aprendizagem exige, em primeiro lugar, um desaprender constante, um renascer desde as crostas impetuosas e duras de um mundo em destruição.
O alvo é encontrar-se a sim mesmo para depois ver-se incluído numa comunidade de sensíveis. Tal é o trajeto percorrido pelo jovem Sinclair na companhia de alguns mestres que lhe ensinam sobre o mal e o bem, Kromer, Demian, Beck, Beatrice, Pistórius, Knauer e, finalmente, Eva.
“Em suma, tudo não passa de uma questão de comodidade! Aquele que acha mais cômodo não ter que pensar por si mesmo e ser seu próprio juiz acaba por submeter-se às proibições vigentes. Acha mais simples. Mas há outros que sentem em si mesmos sua própria lei, e consideram proibidas certas coisas que os homens de bem perpetram a todo instante e permitem outras sobre as quais recai uma geral interdição. Cada qual tem que responder por si mesmo” (p. 81).
(Trad. Ivo Barroso) (Record)

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