sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Concerto barroco, Alejo Carpentier



No início do século XVIII, um milionário da prata mexicana, neto de conquistadores maltrapilhos e aristocratas, há uma geração apenas, deixa a terra natal para uma temporada de luxos e prazeres em Veneza.
Chegando à cidade em pleno Carnaval, o Amo e seu criado Filomeno são protagonistas de um concerto sem precedentes, que reúne os maiores prodígios da Europa barroca, mas também a música do Velho e do Novo Mundo.
O escritor cubano, numa narrativa que ele chama de síntese de sua prodigiosa obra, nos brinda com uma novela com um desfecho apoteótico:
“Mas agora todos explodiam, acompanhando o trombone de Louis Armstrong, num enérgico strike-up de deslumbrantes variações sobre o tema de ‘I can’t give you anything but love, baby’ – novo concerto barroco ao qual, por inesperado portento, vieram confundir-se, caídas de uma clarabóia, as horas dadas pelos mouros da Torre do Orologio” (p. 83).
(Trad. Josely Vianna Baptista) (Companhia das Letras)

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